Como a digitalização está relacionada à humanização na saúde

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Um estudo conduzido pela Deloitte, publicado no início de 2019, revela que a expectativa de crescimento dos investimentos globais no setor da saúde deve ser de 5% entre os anos de 2019 e 2023. O uso da tecnologia se destaca entre os principais fatores para esse cenário positivo.

Essa transformação digital engloba desde equipamentos de alta precisão, utilizados em cirurgias complexas, até softwares de gestão, sistemas de agendamento online e prontuários eletrônicos.

Além dos avanços técnicos proporcionados pelas ferramentas digitais, é preciso utilizar também as novas tecnologias para que o paciente se sinta acolhido, buscando por um atendimento cada vez mais humanizado. O processo de humanização na saúde deve garantir um atendimento mais personalizado e pautado pela confiança.

Desde 2003, o Brasil dispõe de uma Política Nacional de Humanização (PNH) que deve estar presente em todos os programas do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é acolher os pacientes e enfatizar as relações entre eles e a equipe médica, para criar vínculos, o que pode ser facilitado por meio da tecnologia.

Neste artigo você vai ver:

  • Como a tecnologia contribui para a humanização
  • Inteligência Artificial, Big Data e IoT
  • Humanização em tempos de pandemia
  • Telemedicina

humanização na saúde: mulher com seu filho no colo olhando para o tablet
A digitalização dos processos tem contribuído largamente para a humanização da saúde. Foto: Getty Images.

Como a tecnologia pode ajudar no processo de humanização na saúde

Mais do que profissionais de saúde atentos aos pacientes, a humanização abrange toda a estrutura hospitalar, como:

  • A eficiência de processos como uma recepção agilizada;
  • O cuidado dos funcionários à frente de cada setor da instituição;
  • A desburocratização;
  • A jornada do paciente.  

Com apoio da tecnologia, a experiência é mais eficaz. O atendimento, por exemplo, fica mais funcional e personalizado a partir do momento em que enfermeiros e médicos têm acesso ao registro de saúde dos pacientes.

Nesse sentido, o prontuário eletrônico é um dos facilitadores. A ferramenta permite que, antes mesmo do enfermo entrar na sala, o profissional tenha um entendimento de quem será atendido, investigue o histórico médico e avalie a melhor conduta a ser seguida.

Assim, perguntas mais básicas deixam de ser realizadas na consulta, já que o especialista tem as respostas em mãos. E há tempo para ouvir os relatos e queixas, fazer perguntas e concentrar-se em manter uma relação mais próxima com quem está sendo atendido.

A digitalização também encurta o período de espera por atendimento. Quando a infraestrutura da unidade médica ou hospital conta com equipamentos interligados, as informações são integradas e os processos ficam mais ágeis.

Em uma consulta com um ortopedista, por exemplo, pode ser solicitado um raio-x. Com a transformação digital, esse pedido para o setor de exames é realizado de maneira virtual. O paciente é encaminhado ao local, faz o procedimento e retorna.

Em seguida, o mesmo especialista recebe automaticamente um aviso online de que o resultado saiu, podendo conferir na tela do computador a radiografia e dar a resposta imediata ao paciente.

Humanização na saúde: médica com um tablet na mão.
Humanização na saúde e a transformação digital estão interligadas. Foto: Getty Images.
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Inteligência Artificial, Big Data e Internet das Coisas (IoT)

Ferramentas digitais são fundamentais para a transformação da medicina

Por meio da Internet das Coisas, por exemplo, os equipamentos conectados disponibilizam dados dos internados aos enfermeiros e médicos de forma remota e em tempo real. Dessa forma, o paciente se sente mais seguro e sabe que qualquer alteração em seu quadro clínico será comunicada e prontamente verificada. 

O uso de IoT também agiliza processos e evita a espera por parte dos doentes. Com sistemas integrados e interligados, os diversos setores do hospital se comunicam e oferecem respostas mais ágeis. 

Quando uma pessoa dá entrada na emergência, por exemplo, tem seu cadastro aberto prontamente, a liberação imediata do plano de saúde e o encaminhamento de seu prontuário para quem vai atendê-lo. Durante a consulta, o médico encaminha a receita do medicamento que será ministrado à farmácia e à enfermaria do hospital, bem como o pedido de exame ao setor responsável que, assim que tem o resultado, faz a devolutiva ao especialista. 

Além disso, com Inteligência Artificial e Big Data, os sistemas são capazes de armazenar e analisar todos os dados e ajudar a medicina a encontrar respostas e métodos mais eficientes. 

É possível, por exemplo, fazer o uso de um algoritmo utilizando tecnologia cognitiva baseada em literatura científica. E informações dos pacientes para indicar possíveis tratamentos, embasando o médico para as melhores escolhas.

Uma enfermeira medindo a pressão sanguínea de um homem maduro usando equipamento especializado.
Ferramentas como IA, Big Data e IoT contribuem com o melhor atendimento na área da saúde. Foto: Getty Images.

Tratamento humanizado se faz presente em casos da Covid-19

O novo coronavírus fez o sistema de saúde olhar mais atentamente para a humanização. Com pacientes isolados, sem contato com suas redes de apoio, lidando com profissionais paramentados cujos rostos mal são vistos através dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), muitas instituições passaram a adotar estratégias de aproximação.

No Hospital Madre Theodora, em Campinas, por exemplo, os funcionários de áreas de risco colocam em seus EPIs uma foto própria sorrindo, o que ajuda a identificar quem está por trás daquele atendimento. Já no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), na Parnaíba, as videoconferências com familiares integram o tratamento, ajudando a diminuir a ansiedade de quem está doente. 

O papel da telemedicina na humanização

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina permitiu e, em seguida, revogou a prática da telemedicina no Brasil. Até que, com a chegada da Covid-19, o Senado aprovou um Projeto de Lei (PL 696/2020) liberando a prática durante a pandemia.

Entre as vantagens da prática está o desafogamento do sistema de saúde, já que as pessoas podem recorrer ao teleatendimento de onde estiverem, sem precisar ir ao hospital. No Brasil, desde que a pandemia do novo coronavírus começou, o atendimento via aplicativo do Ministério da Saúde já evitou 64% das idas aos serviços de saúde presenciais

Por meio de videochamada, chamada de voz ou mesmo via mensagens, o paciente se conecta ao médico e recebe orientações imediatas e ainda pode ser monitorado de longe. Assim, a tecnologia aproxima os profissionais de saúde e encurta distâncias. O doente se sente mais seguro de saber que, de casa mesmo, pode ter acesso ao especialista.

Outro destaque da telemedicina é a emissão de laudos a distância, o que significa que um exame pode ser realizado em um laboratório de qualquer região e laudado por especialistas que se encontram do outro lado do mundo. Tudo isso por meio de uma plataforma online.

A expectativa é de que, no futuro, cada pessoa tenha dispositivos em casa que enviem seus dados ao médico remotamente. Com a ajuda da Internet das Coisas (IoT), o especialista poderá acompanhar os sinais vitais, frequência cardíaca, pressão arterial, entre outras informações a distância. As idas às unidades médicas diminuem, mas o acompanhamento à saúde cresce.

Imagem de um médico na tela de um computador para simbolizar a telemedicina.
A telemedicina é um exemplo de como a tecnologia contribui com a humanização na saúde. Foto: Freepik.

Conclusão

Com a transformação digital, a conectividade e os avanços da tecnologia, toda a experiência do paciente será melhorada, tendo também como base a humanização na saúde.

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