Os avanços tecnológicos estão impactando o mundo dos negócios, independentemente do setor de atuação ou da área de operação, e a Saúde e Segurança no Trabalho (SST) não é uma exceção.
As inovações em telecomunicações e vídeo, robótica, nanotecnologia e análise de dados, por exemplo, tornam o ambiente corporativo mais seguro em diversos aspectos, e é uma obrigação do empregador garantir a proteção dos colaboradores.
Por esse motivo, investir em tecnologias de SST não só é fundamental como também é dever de todas as empresas, de acordo com o artigo 162 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Para compreender melhor a relevância dessa questão, neste artigo, você verá:
- O que é Saúde e Segurança no Trabalho?
- Principais benefícios
- Contribuição da tecnologia para a SST
- Cinco tecnologias que promovem segurança do ambiente corporativo
- O futuro da SST
O que é Saúde e Segurança no Trabalho?
SST é o nome dado à série de normas e procedimentos legais exigidos às organizações e aos funcionários, com o intuito de minimizar, ou, até mesmo, eliminar riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
Dessa forma, é possível preservar a integridade dos profissionais e, ao mesmo tempo, reduzir os prejuízos financeiros e impulsionar os resultados do negócio de forma considerável.
No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o responsável pela regulamentação da SST, por meio do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) — órgão que incentiva a criação de políticas públicas e inspeciona as condições de trabalho em ambientes corporativos.
Entretanto, outros órgãos e instituições também atuam na área, embora não estejam habilitados a editar normas regulamentadoras (NRs). Um deles é a Justiça do Trabalho, que comanda o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Trabalho Seguro).
De todo modo, existe um processo de implementação da SST nas empresas, e a etapa inicial consiste em atender a alguns requisitos. Os principais são: organização, planejamento, política da empresa e avaliações periódicas.
Além disso, ainda segundo o artigo 162 da CLT, a companhia deve oferecer, em sua sede, uma boa infraestrutura e dispor de profissionais capacitados para monitorar as ações voltadas à segurança corporativa, como laudos técnicos e programas exclusivos.
Principais benefícios
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2,78 milhões de mortes relacionadas a acidentes ou doenças no trabalho ocorrem todos os anos. No mundo, há cerca de 374 milhões de acidentes e 160 milhões de incidências de doenças no trabalho.
Já no Brasil, são registrados 700 mil casos de acidentes de trabalho todos os anos, de acordo com um levantamento realizado pela Previdência Social, em 2019. De 2014 a 2018, o País registrou 1,8 milhão de afastamentos e 6,2 mil mortes relacionadas ao trabalho.
Diante desse cenário, é essencial que os empregadores invistam em práticas voltadas à SST e tenham uma boa gestão, pois, além de acidentes e doenças ocupacionais, podem evitar processos judiciais e reduzir a carga de impostos cobrados pelo Governo.
Dentre os diversos benefícios que a SST proporciona às empresas, os principais, são:
- redução de custos;
- mais produtividade para a rotina de trabalho;
- redução significativa de riscos.
Outro benefício é que ter uma boa imagem no mercado agrada os clientes e faz com que os talentos tenham vontade de trabalhar na companhia. Ou seja, todos são beneficiados.
Contribuição da tecnologia para a SST
A tecnologia viabiliza as ações de SST e, até mesmo, transforma a gestão como um todo, visto que possibilita o monitoramento da saúde dos colaboradores, a redução do estresse e a preservação da integridade física dos funcionários.
Além disso, a conectividade eleva a moral dos profissionais, diminui a taxa de turnover (rotatividade) e controla os custos de seguro empresarial.
Vale ressaltar que todas as empresas têm vantagens ao investir em tecnologias na área de SST, porém as companhias que operam em setores que exigem um trabalho físico intenso, como transporte, construção, agricultura e armazenamento, são as maiores beneficiadas.
Veja, a seguir, algumas das contribuições mais relevantes da tecnologia para a SST.
Agilidade na comunicação
A automatização dos processos de comunicação dos funcionários impacta o dia a dia corporativo de maneira positiva, otimizando o tempo e facilitando a troca de informações entre as equipes.
Aumento da produtividade
Como muitas atividades são automatizadas, sobretudo aquelas relacionadas ao controle e gerenciamento, os colaboradores têm mais tempo para se dedicar a outras funções, aumentando a produtividade de forma geral.
Redução de erros
Outra contribuição da automatização proporcionada pela tecnologia é a redução de possibilidade de erros, seja no processamento de dados ou na avaliação dos requisitos exigidos pela Lei, visto que há como acompanhar os indicadores eficientemente.
Avaliação de riscos
Existem diversas ferramentas tecnológicas, as quais você vai conhecer a seguir, que agilizam a avaliação de situações de risco para os funcionários.
Rapidez na implantação
Graças à tecnologia, é possível diminuir o tempo de processamento de dados coletados em campo, fazer o acompanhamento em tempo real, ministrar treinamentos e realizar simulações por meio de ambientes online.
Automatização de processos
Por fim, os processos de entrega, troca e devolução de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e o registro de ações são automatizados, além de ser possível acelerar a inspiração de segurança, viabilizando a criação rápida de um plano de ação para eliminar riscos iminentes.
Cinco tecnologias que promovem segurança no ambiente corporativo
Agora que você já sabe o que é SST, conhece os benefícios e entende a importância da tecnologia para essa área, confira a seguir cinco categorias de inovações tecnológicas que proporcionam mais proteção para os colaboradores.
1. Vestuário
Atualmente, existem tecnologias vestíveis que podem auxiliar na redução de frequência e gravidade de lesões em profissionais. Elas estão divididas em quatro categorias. Vejamos.
- Monitoramento ambiental: equipamento emite alerta aos funcionários sobre condições de temperatura que podem causar acidentes.
- Detecção de proximidade: dispositivos incorporados em EPIs, como capacetes, para impedir que os funcionários acessem áreas de risco ou se aproximem de equipamentos perigosos.
- Monitoramento fisiológico: dispositivos que rastreiam temperatura corporal, frequência cardíaca, respiração e outras medidas fisiológicas, contribuindo para identificar quando um colaborador está cansado ou estressado, apresentando maior risco de lesão.
- Exoesqueletos: equipamentos que oferecem força assistencial para tarefas físicas, como levantar peso ou ficar em pé por longos períodos, ajudando a prevenir lesões e permitindo que funcionários lesionados retornem ao trabalho mais rapidamente.
2. Comunicação
Há incontáveis tecnologias de comunicação, e uma das mais eficientes no contexto de SST é a intranet — rede de computadores restrita à organização.
Por meio dessa rede, o conteúdo sobre as medidas preventivas e as normas de segurança pode ser divulgado de maneira mais eficaz aos funcionários, por exemplo.
3. Drones e robôs
Os drones podem ser utilizados pelas companhias para reduzir a exposição dos colaboradores a riscos, visto que facilitam o monitoramento de operações e a inspeção de determinados locais.
Da mesma forma, os robôs podem entrar em locais de difícil acesso, como tanques de armazenamento e túneis, para coletar amostras e fazer inspeções.
Além disso, outra maneira de fazer uso dessas tecnologias é atribuir tarefas de alto risco a elas, como transportar materiais e participar de instalações.
4. Aplicativos de segurança
Os apps de smartphone facilitam o uso da tecnologia na SST, seja na avaliação, no monitoramento ou, até mesmo, na melhoria da segurança no local de trabalho.
Com recursos modernos e intuitivos, os trabalhadores e supervisores podem analisar tarefas e condições de trabalho, por exemplo.
Também há alguns aplicativos específicos de SST que ajudam as empresas a permanecerem em conformidade com as normas e os regulamentos.
5. EaD, RA e RV
O ensino à distância (EaD) ganhou ainda mais notoriedade durante a pandemia e se consolidou como grande aliado na disseminação do conhecimento em SST, por meio de cursos, treinamentos, reuniões por videoconferência etc.
Inclusive, em relação à realidade virtual (RV), existem programas de treinamento de segurança que permitem que os funcionários pratiquem o uso de equipamentos e simulem ambientes de trabalho que apresentam riscos potenciais. Outra forma de uso da RV é em exercícios de treinamento, como evacuações de incêndio.
Por fim, olhando para o futuro, as tecnologias de RV e realidade aumentada (RA) serão cada vez mais usadas na simulação de atividades, a fim de medir e diminuir riscos antes de os colaboradores começarem a executar suas funções.
O futuro da SST
Assim como o celular e o computador estão conectados à internet, a tendência é de que todas as máquinas também sejam conectadas. Com isso, nos próximos anos, a Internet of Things (IoT) deve estar cada vez mais presente na área de SST.
A principal função desse tipo de tecnologia é estabelecer uma conexão entre os objetos e a internet, com o intuito de coletar e transmitir dados, a fim de evitar acidentes ocupacionais.
Isso porque a maior quantidade de dados em tempo real permite a realização de análises mais profundas, como identificação de situações de risco e envio de alertas aos profissionais.
Entretanto, no Brasil, o investimento em soluções tecnológicas na área de SST ainda é baixo, pois as tecnologias disponíveis no País estão muito focadas em processos burocráticos, portanto, são bem mais direcionadas aos técnicos.
Porém, a tendência é de que essa situação seja revertida no futuro, e que esse setor passe por uma revolução tecnológica nos próximos anos.
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Até a próxima!