Os desafios da Inteligência Artificial na educação: saiba como implementar a tecnologia

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Aprendizado personalizado, individualizado, concentrado nas capacidades e dificuldades de cada aluno. Esse ideal finalmente está batendo à porta das instituições de ensino. Tudo graças à Inteligência Artificial (IA) na educação, que promove uma parceria perfeita com o professor e proporciona um modelo de ensino mais eficiente.

Dados divulgados pela consultoria IDC revelam que, até o ano de 2024, 40% das aulas poderão ser ministradas por sistemas de AI personalizados. Sendo assim, é preciso estar por dentro das tecnologias inovadoras, entender como elas funcionam e investir para que a escola cresça, esteja alinhada com o futuro e obtenha maior valor agregado.

Neste artigo, você verá:

  • Os desafios para implementar a AI na educação
  • Como colocar a tecnologia em prática
  • Exemplo do uso da Inteligência Artificial
  • Ferramentas de apoio
Imagem da mão de um robô e da mão de um humano tocando junto um painel eletrônico para ilustrar o uso da inteligência Artificial na educação.
O uso de Inteligência Artificial na educação permitirá um ensino mais personalizado. Foto: Freepik

Inteligência Artificial na educação e seus desafios

Para conseguir uma percepção exata de aprendizagem de cada aluno, a tecnologia é o ponto de apoio do professor.

Com auxílio de Big Data, por exemplo, o docente consegue entender os pontos fracos e fortes de cada um, quais métodos de aula são mais eficientes e, a partir disso, traçar estratégias específicas.

Já o estudante se beneficia com os recursos extra-aula, como plataformas que direcionam o estudo, testes e autoavaliações que apontam onde melhorar.

Porém, o processo de inserção dessas tecnologias exige preparo. É preciso que as instituições tenham em mente que a aplicação de novas ferramentas requer reformulações na maneira de trabalhar, capacitação para o uso, tempo de adaptação e traz questionamentos.

Neste checklist é preciso levar em consideração:

  • O planejamento estratégico juntamente com os professores;
  • Ajustar o uso das tecnologias às práticas pedagógicas;
  • Analisar se a instituição tem os equipamentos necessários para aplicação da IA;
  • Entender se a internet contratada é suficiente ou se precisa investir mais em conectividade;
  • Capacitar todos os profissionais da escola para saberem utilizar os recursos tecnológicos no seu potencial máximo.
Imagem de um robô lendo um livro para simbolizar a inteligência artificial na educação.
Para aplicar a IA na educação é preciso ter uma boa conectividade e os equipamentos certos. Foto: Freepik

Como colocar em prática?

Um relatório da McKinsey & Company de janeiro de 2020 aponta quatro diretrizes fundamentais para a aplicação da Inteligência Artificial na educação:

  • A primeira é o direcionamento dos investimentos. Como as tecnologias de Inteligência Artificial não são tão difundidas na educação, os custos para aplicá-las são mais altos. Portanto, vale estudar cada ferramenta e escolher a que melhor se adapta ao desempenho dos alunos e proporciona economia de tempo aos docentes;
  • A segunda orientação é dar início à implantação de IA com uso de soluções mais fáceis de se trabalhar e que evidenciem os benefícios de uso em pouco tempo, de modo a dar ânimo e engajamento aos educadores e estudantes;
  • A terceira ideia é apoiar o compartilhamento de resultados e contribuir com ele ao interagir com outras instituições, entendendo o que funciona bem e apontando as percepções de melhorias. A partir desse tipo de atitude, é possível criar uma base de informações e experiências, portanto, algo fundamental e muito enriquecedor quando se trata do uso de novas tecnologias.
  • Por fim, é necessário capacitar professores e líderes das instituições de ensino para realizarem o bom uso das novas ferramentas. Além disso, é preciso acompanhar regularmente os feedbacks de todas as partes: docentes, alunos e pais, para entender se os recursos estão funcionando ou como melhorar o uso.
Imagem de um cérebro cheio de conexões para simbolizar a inteligência artificial.
China está com plano ambicioso e tenta popularizar o uso da Inteligência Artificial na educação. Foto: Freepik

Exemplo chinês

O governo chinês tem como meta tornar a China a líder mundial em Inteligência Artificial até 2030. Para tanto, há um empenho em ensinar e capacitar os jovens para trabalharem com essa tecnologia.

No país, em 2017, havia apenas 19 universidades chinesas com programas relacionados à Inteligência Artificial. Em 2018, o número subiu para 96. Nesse mesmo ano, o governo inseriu a IA no currículo do Ensino Médio, incentivando cerca de 25 milhões de adolescentes a estudar a tecnologia.

Os estudantes passaram a ler sobre Inteligência Artificial, Big Data, codificação e computação quântica. O objetivo não é apenas motivar que os educandos usem tais ferramentas, mas que aprendam a criá-las.

Ferramentas de apoio

Para implementar a Inteligência Artificial na rotina escolar, o primeiro passo é ter uma conexão excelente, já que tudo será feito de forma online. A instituição de ensino precisa ter uma conectividade de alto desempenho com possibilidades mínimas de falhas.

A proteção é outro ponto importante, pois milhares de dados pessoais estão em jogo. Por isso, é essencial investir em Segurança da Informação.

Big Data é mais um serviço fundamental, tendo em vista que todas as informações geradas pelos alunos precisam ser capturadas, separadas e analisadas por meio da Inteligência Artificial.

Conclusão

Como podemos ver, os benefícios do uso da Inteligência Artificial na educação são muitos e a realidade está cada vez mais próxima. Além disso, tudo indica que, com o passar do tempo, as tecnologias serão mais acessíveis.

Para começar, é preciso entender melhor o uso da IA, os desafios da implementação e, principalmente, capacitar quem fará uso dela. Só assim será possível chegar ao tão almejado sistema de ensino individualizado.

Por fim, esperamos que este conteúdo tenha sido útil e que sua instituição tire bom proveito da Inteligência Artificial.

Antes de ir embora, veja outras formas de aplicação de tecnologias disruptivas na educação:

Até breve!

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