Logística para e-commerce: entenda o que é e quais tecnologias usar

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Com o aumento exponencial das vendas por canais digitais nos últimos meses, a logística para e-commerce tem se tornado um fator essencial em qualquer negócio varejista. Afinal, se por um lado as lojas virtuais são mais fáceis e menos custosas de operar, do outro, é preciso muita organização para efetuar as entregas no prazo.

Você já sabe o que é um e-commerce e a sua importância para o negócio. Mas, afinal, o que é logística? É todo o processo que envolve o transporte e entrega de mercadorias ao seu destino. Ou seja, é preciso planejar muito mais do que somente a rota.

São atividades relacionadas: a previsão de demanda, o armazenamento, parceiros, gestão de distribuição e até mesmo a organização das suas plataformas de vendas.

Com o crescimento desse mercado e do volume de compras, é preciso investir em tecnologias que ajudem a otimizar os processos logísticos, ao mesmo tempo que reduzem custos operacionais e melhoram o seu relacionamento com o cliente.

Assim, dada a importância do tema, sobretudo quando na atual expectativa de retomada econômica, o artigo de hoje abordará: 

  • O que é a logística para e-commerce
  • Quais são os seus diferenciais
  • Por que investir na logística para e-commerce
  • Quais tecnologias podem ajudar
  • Como aplicar a logística 4.0

O que é a logística para e-commerce?

A logística para e-commerce é todo o processo que engloba a cadeia de remessas dos produtos. Portanto, inclui:

  • recebimento do pedido;
  • conferência; 
  • organização do estoque;
  • armazenamento;
  • picking (preparação do item);
  • relacionamento com as transportadoras;
  • rastreamento;
  • entrega;
  • possíveis devoluções e erros (logística reversa).

Ou seja, todo esse conjunto de métodos envolve um planejamento crucial para o relacionamento com o seu cliente e com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) — dispõe dos prazos e direitos dos compradores. 

Também chamado de e-logística, esse é um mercado que vem crescendo juntamente à adesão do varejo a novas tecnologias. Da mesma forma, acompanha a alta do próprio setor de comércio eletrônico, que foi alavancada pelo período de isolamento social.

Só em 2020, por exemplo, com a pandemia da Covid-19, o número de compras on-line cresceu 50% em toda a América Latina, segundo levantamento do portal especializado Mercado e Consumo, de janeiro de 2021.


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Quais são os diferenciais da logística para e-commerce?

E-commerce tem desafios próprios quando o assunto é logística.

A logística tem um significado único em todos os setores. Entretanto, quando se trata do comércio online, esse conceito tem diferenciais.

Para começar, a característica mais marcante é que os e-commerces funcionam 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. 

Naturalmente, portanto, exigem um grande esforço e trabalho de todos os envolvidos, como fornecedores, transportadoras e entregadores, e não somente dos colaboradores diretos da loja virtual.

Em segundo lugar, os sites de varejo on-line fornecem informações completas sobre o transporte dos produtos. Então, antes mesmo de finalizar um pedido, o cliente já espera saber o prazo da entrega, valor do frete e informações de compradores – reclamações de atrasos, por exemplo.

Dessa forma, caso você descumpra o que foi informado no ato da compra, corre riscos de imagem perante o comprador. Além de problemas com reclamações em sites de proteção ao consumidor.

Para que se tenha uma ideia, imediatamente depois do início da pandemia, em abril de 2020, o Procon de São Paulo registrou um aumento superior a 100% nas reclamações de problemas com as compras on-line. Não por menos, a maioria delas estava relacionada a atrasos, segundo o órgão.

Por fim, entre os diferenciais da logística para e-commerce, destaca-se também o menor prazo. Geralmente, o varejo virtual tem etapas mais curtas em sua logística.

As diferentes fases do transporte e entrega de mercadorias:

  • Preparação do produto;
  • Processamento do envio;
  • Confirmação;
  • Entrega.

Além disso, é importante ressaltar que esse curto prazo do ciclo foi aproveitado por muitos varejos on-line como diferenciais durante a pandemia. Um exemplo são os grandes varejistas, que levam o item até o destinatário em 24 horas, no caso das grandes capitais.

Nesse sentido, apostar no marketplace dessas redes, que também podem assumir o armazenamento, distribuição e entrega dos itens, em alguns casos, é uma forma se aliar a quem já conta com uma grande estrutura – contra a qual pode ser difícil rivalizar. 

Etapas da logística para e-commerce

A logística para e-commerce começa quando o cliente finaliza sua compra no canal digital. A primeira etapa, portanto, é a de processamento e preparação do pedido. Aqui, o varejista localiza a mercadoria no estoque, valida a compra e o pagamento, e emite a nota fiscal. 

Feito isso, o pedido é processado pela administradora do cartão de crédito ou banco responsável pela baixa do boleto. Nessa fase, o pagamento do cliente também passa por uma análise antifraude.

Na terceira etapa, o objeto é retirado do estoque e enviado para a transportadora junto à nota fiscal. A partir desse momento, é contabilizado o prazo de entrega informado pelo transportador.

Por fim, é feita a concessão ao destinatário. Durante todo esse trajeto, é comum que as transportadoras disponibilizem o rastreio. Entretanto, é importante ter em mente que essa logística só termina quando o produto está entregue. 

Se houver devolução, seja qual for o motivo, a transportadora parte para o processo chamado logística reversa.

Naturalmente, quando se fala da utilização de um marketplace ou de uma rede varejista já consolidada no ambiente virtual, todo esse processo ocorre em série, de forma automatizada. 

No entanto, para o caso daqueles que desejam abrir um negócio do tipo, partindo de uma loja própria, em vez de usar a infraestrutura de outra empresa, é importante conhecer esses detalhes. 


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Por que investir na logística para e-commerce?

Grandes e pequenas empresas precisam investir em logística para seus comércios virtuais

Por ser um serviço alicerce do varejo on-line, a logística deve ser encarada como parte estratégica do negócio.

Porém, os empreendedores encontram dificuldades em identificar onde investir nesse serviço. Para isso, separamos os pontos mais importantes.

Espaço de armazenamento

As mercadorias precisam ser mantidas em locais seguros, apropriados e com a capacidade adequada para o seu volume de vendas. 

Se o negócio não tem um centro de distribuição próprio, há três tipos de investimentos em estoque:

  • Compartilhado;
  • Terceirizado;
  • Descentralizado.

Picking e packing

Esses dois termos se referem à separação e embalagem. São etapas que precisam de atenção, pois são responsáveis por garantir que o produto enviado foi o solicitado pelo cliente e que ele chegará sem danos. Diante disso, é preciso investir em embalagens apropriadas para cada tipo de objeto, desde os frágeis até os mais robustos.

Terceirização

Quando a empresa é relativamente pequena, o empreendedor consegue gerenciar a sua logística. No entanto, se o negócio faz entregas para outros estados, está em crescimento e já tem um volume considerável de pedidos, é indicado terceirizar esse setor.

Essa é uma maneira de garantir agilidade para o seu cliente e de reduzir custos com falhas, atrasos, erros e outros prejuízos. Além disso, essa é uma estratégia para que a companhia aumente suas vendas.

Quais tecnologias melhoram a logística para e-commerce?

O aumento da concorrência e a necessidade de melhorar a performance dos negócios somente é suprida com a transformação digital das empresas, que é um processo constante. Junto a isso, a logística representa uma etapa decisiva nos processos de um e-commerce.

Exatamente por isso que a tecnologia é mais do que uma aliada, trata-se da base para uma gestão inovadora, eficiente, ágil e que impacta positivamente o consumidor.

Assim, em um primeiro momento, é essencial que os gestores entendam como essas ferramentas são capazes de melhorar a logística no varejo digital. 

Isso acontece porque o ganho de tempo, produtividade e agilidade resultam em maior satisfação dos compradores, assim como na redução de custos.

Mas com tantas inovações e tendências disponíveis, a administração tem o desafio de filtrar o que é mais importante para começar a inovar em um varejo on-line. Apesar deste ser um passo difícil, confira algumas dicas que separamos para ajudar: 

Softwares de gestão

A automação é a substituição de tarefas repetitivas por softwares ou aplicativos que as executam de maneira automática. Em um e-commerce, grande parte das etapas já podem passar por essa evolução digital.

Algumas demandas que podem ser automatizadas são:

  • Emissão de notas fiscais eletrônicas;
  • Envio de e-mails e outros tipos de mensagens, sejam de caráter informativo (sobre o pedido) ou promocional;
  • Informações e respostas para dúvidas frequentes;
  • Canais de atendimento primário, a partir de assistentes virtuais, bots em redes sociais e outras tecnologias.

Para isso, é preciso implantar não somente os softwares administrativos, como ERPs e CRMs, usados para controle de vendas, estoques e contabilidade. É preciso ir além e trabalhar a cultura digital do negócio, identificando pontos onde soluções inovadoras podem otimizar processos.

Cloud

A conectividade e a acessibilidade são fundamentais para um e-commerce. Afinal, são estabelecimentos virtuais que funcionam o tempo todo.

Devido a isso, é imprescindível a implementação de inovações em nuvem, ou cloud. Essa é uma tecnologia onde os seus dados e sistemas ficam hospedados em servidores de terceiros, eliminando a necessidade de se ter um centro ou banco de dados próprio. 

Além de ter mais segurança, a nuvem assegura a disponibilidade do seu e-commerce, bem como pode ser a base para a remodelação de processos e atividades internas. Afinal, neste modelo de estrutura computacional e de armazenamento, tudo o que está na nuvem é acessível de qualquer lugar, a qualquer momento.

Para os pequenos negócios, a nuvem também traz a vantagem de funcionar como um serviço. 

Na prática, isso significa que, em vez de comprar uma infraestrutura de TI física, que exigiria um aporte de capital considerável, além de pessoal treinado para operá-la e mantê-la, contrata-se um serviço de hospedagem na nuvem.

Operada por um especialista na área, como é o caso da Vivo Empresas, por exemplo, esse tipo de contratação pode ter seu volume rapidamente expandido ou reduzido, conforme as necessidades do negócio no momento. 

Em outras palavras, paga-se apenas pelo que for efetivamente usado, transformando despesas de capital (CAPEX) em despesas operacionais (OPEX). Aqui, vale ressaltar que, ao contrário da primeira, a última comporta deduções fiscais. 

Softwares ERP

Sem estoque, não há venda. Portanto, é preciso que o controle seja ágil. Tanto a entrada quanto a saída de mercadorias precisa ser atualizada no momento da movimentação.

Imagine o comprador finalizar o pedido e não ter o item ou a quantidade solicitada no centro de distribuição? Esse é um cenário difícil de imaginar, mas acontece mesmo com grandes empresas do setor. 

Assim, para que isso não aconteça, a sua reserva de produtos precisa conversar o tempo todo com o seu site, bem como com o setor de compras. Antigamente, esse controle era feito por meio de planilhas.

No entanto, com a complexidade dos processos, foi-se percebendo que elas são ineficientes e limitadas. Por isso, hoje, são utilizados softwares ERP – que, em português, podem ser entendidos como programas de planejamento de recursos empresariais. 

Assim como os CRMs tratam do relacionamento com o cliente, os ERPs fazem a integração de todos os departamentos logísticos. Assim, eles funcionam em conjunto e de maneira sistêmica, e não isolada.


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Como trazer a logística 4.0 para essa realidade?

A logística 4.0 é sobre a inovação contínua dos processos de armazenamento e transporte de bens e mercadorias. Assim, esse é um setor que vem se atualizando ao longo dos anos, conforme a necessidade de otimizar a cadeia produtiva dos negócios também cresceu.

Essa fase ‘ultraconectada’ se iniciou na Alemanha, quando nasceu a terceira revolução industrial – a qual estamos vivendo. Marcada pela robotização dos processos fabris e por seu alto nível de tecnificação e cientificação, essa fase está prestes a dar lugar a um novo momento da indústria.

No que se espera do futuro, que poderá ser um dia oficialmente batizada como a quarta revolução desse setor, o que muda é a implementação massiva de tecnologias de análise e gestão, como o Big Data, Cloud, Inteligência de Negócios (BI) e Inteligência Artificial.

Mesmo hoje, todas essas soluções já permitem melhorar o controle de estoque, reduzir o intervalo entre cada etapa logística e aumentar a concorrência entre varejistas e transportadoras, o que, por sua vez, abre portas para a inovação.

Outros benefícios foram:

  • Redução dos prazos de entrega;
  • Melhor relacionamento e satisfação dos clientes;
  • Diminuição de perdas (em produtos e insumos);
  • Otimização e aproveitamento das rotas;
  • Redução de custos com armazenamento.

A logística 4.0 no e-commerce

A logística para e-commerce representa uma estratégia tanto operacional quanto tecnológica. Assim, essa união de forças pode ser utilizada para melhorar o atendimento, custos e toda a cadeia desde a confirmação do pagamento até a chegada ao destinatário.

Portanto, as inovações e o trabalho em conjunto das vendas e da logística são fundamentais para garantir serviços competitivos e de qualidade. A atuação desses dois setores precisa ser dinâmica e interligada, pois um depende do outro, e ambos dependem de transformação digital.

E por falar em tecnologia, vale destacar que a Vivo Empresas oferece um portfólio completo em soluções para o varejo, independentemente do formato, segmento ou porte. 

São inovações em Conectividade, Gestão de Tecnologia, Ferramentas de Colaboração e Produtividade, Aluguel de Equipamentos, Cloud, Segurança, Big Data e IoT.

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Até a próxima!

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