Ele provoca outros usuários sem razões objetivas para isso. Ele dissemina a discórdia pelo simples prazer de incomodar. Ele se alimenta da revolta alheia e adora agir nas redes sociais. Ele é o hater – e você pode ser sua próxima vítima. Mas, como evitar haters?
É preciso sabedoria para lidar com os haters nas redes sociais e minimizar seus atos. Afinal, o que é melhor: deletar a mensagem, ignorá-la ou respondê-la? Neste artigo, vamos explicar como eles agem e indicar alternativas para coibir suas ações. Desse modo, continue a leitura e descubra como evitar que o hater arruíne a imagem da sua empresa.
Como identificar um hater
Não é novidade que a Internet oferece aos consumidores um amplo terreno para hostilizar as empresas e marcas. Assim como publicações em redes sociais, posts em blogs e comentários nos sites especializados em reclamações expõem problemas e cobram soluções, também podem ser utilizados de forma nociva. É aí que surgem os haters, que dedicam seu tempo a criar conflito, desvirtuar discussões e gerar revolta entre os usuários.

Responder aos haters de forma criativa pode ser uma boa solução para melhorar a imagem da sua empresa.
Para Andre Bourque, editor e colunista do The Huffinton Post, o hater não tem interesse em discussões racionais. Desse modo, seu único objetivo é gerar discórdia, mesmo que isso signifique apelar para xingamentos pessoais e obscenidades. Além disso, Bourque cita quatro comportamentos padrão para facilitar a identificação de um hater:
– Linguagem puramente depreciativa e focada em ataques pessoais
– Incapacidade de discutir racionalmente
– Ausência de imagens pessoais no perfil
– Respostas rápidas, que indicam uma grande quantidade de tempo livre.
Se você tem uma empresa e está presente nas redes sociais, é uma vítima em potencial. Isso porque os haters gostam de atuar em lugares com grande concentração de pessoas, a fim de potencializar os danos e atingir mais usuários.
Haters estão na mira das empresas e da lei
Devido ao grande número de usuários e ao caráter instantâneo do microblog, o Twitter é uma das plataformas preferidas dos haters. A revolta a respeito dos comentários é tão grande que o assunto repercute até no alto escalão da empresa.
Mas não são apenas as empresas que se preocupam com os trolls. No Reino Unido, foi criada uma lei para coibir e punir esses usuários. A Seção 127 do Ato de Comunicação de 2003 criminaliza mensagens ofensivas e obscenas enviadas na Internet. O número de condenados passou de 143 pessoas em 2004 para 1.209 em 2014, motivado pelo crescimento dos assédios nas redes sociais.
Respostas criativas podem ser a solução contra o haters
Basicamente, existem três maneiras de enfrentar os haters. Confira os potenciais benefícios e prejuízos de cada uma:
Deletar as mensagens
Trata-se de uma opção controversa, já que a empresa pode ser vista pelos clientes como autoritária ou fechada a críticas. Além disso, deletar as mensagens pode motivar os haters a deixarem mais recados. Uma dica, nesses casos, é adotar uma política de conduta nos comentários, de forma a justificar a exclusão. Na caixa de comentários do seu site, é possível submeter cada comentário a uma moderação prévia.
Ignorar os haters
É uma das recomendações mais comuns: jamais alimente os haters. Como esse tipo de usuário carece de atenção, a ideia de deixá-los falando sozinhos costuma funcionar. Sem repercussão, o hater tende a procurar outros alvos para os comentários maliciosos. A desvantagem fica por conta de um possível acúmulo de mensagens negativas na sua caixa de comentários.
Aderir à discussão
Se a mensagem for muito agressiva e puder realmente causar danos à imagem da empresa, talvez seja o caso de respondê-la. Para isso, uma alternativa é adotar uma linguagem formal, com comentários lúcidos e sensatos a respeito do assunto. Mas não espere ser tratado com racionalidade pelo hater, cujo único objetivo costuma ser o tumulto.
A outra alternativa é recorrer à criatividade para responder de forma espirituosa e bem-humorada, saindo por cima na discussão. Essa estratégia pode, inclusive, gerar repercussão e transformar-se em um viral, melhorando a imagem da sua empresa.
Há dois casos simbólicos que representam essa criatividade. Em 2012, um usuário xingou a empresa de absorventes Bodyform por suposta propaganda enganosa, acusando-a de modificar a dura realidade do período menstrual. A empresa entrou na onda e criou um vídeo pedindo desculpas de forma bem-humorada.
Em outro caso notório, um usuário incomodado com uma falha no jogo Tiger Woods PGA TOUR 08 gravou um vídeo para mostrar sua indignação. O erro era claro: o golfista estava posicionado em meio a um lago, como se fosse possível jogar golfe sobre a água. A resposta da EA Sports veio por meio de um outro vídeo, que “comprovou” que não havia nada de errado no jogo.