Comprar produtos de qualquer tipo é uma das práticas do dia a dia que ficaram mais fáceis com a internet. Junto com a vantagem, porém, há um ônus: aumentam as possibilidades de fraude. De acordo com dados do Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (Lacnic, na sigla em inglês), o Brasil é um dos países mais afetados com fraudes no comércio eletrônico.
Dito assim, essa situação pode assustar e fazer quem está cogitando expandir o seu negócio para o mundo virtual desistir. Mas a verdade é que, com conhecimento e precaução, é possível evitar a fraude sem muita dor de cabeça.
Tipos de fraude
Antes de saber o que é necessário para prevenir e remediar uma fraude no comércio eletrônico, é importante conhecer os tipos de golpe que podem ser aplicados. Confira:
1. Efetiva
A fraude efetiva é aquela na qual o usuário efetua uma compra na loja online com dados roubados. Como o número do cartão e a validade conferem, a compra é aprovada e a entrega é efetuada no endereço do golpista. O dono do cartão, ao ver a sua fatura, não reconhece a compra e encaminha o chargeback. Por fim, a administradora comunica o ocorrido ao lojista, que arca com o prejuízo.

Sistema antifraude e ações independentes podem evitar golpes no e-commerce.
2. Autofraude
Nesse tipo de golpe, o próprio titular do cartão de crédito age de má fé, comprando no e-commerce e não reconhecendo a ação depois, exigindo o estorno. É uma situação difícil de ser identificada pelo lojista. No entanto, algumas administradoras de cartão monitoram quem usa dessa prática com frequência.
3. Amiga
A fraude amiga é realizada sem má fé, por uma pessoa próxima ao dono do cartão – que, ao conferir a fatura, desconhece ou não se recorda da compra. Na maioria dos casos, o titular acaba reconhecendo a compra após a situação ser esclarecida.
4. Desacordo
Esse não chega a ser considerado um golpe, mas também pode resultar em um prejuízo para o lojista. O desacordo comercial acontece quando é pedido o estorno por um motivo que pode ser insatisfação do cliente quanto ao produto, duplicidade de pedidos ou quando não é reconhecido, na fatura, o nome da loja.
Prevenindo a fraude
Para reduzir os riscos de golpe, o mais indicado é investir em um sistema antifraude. Os mais conhecidos são o ClearSale e o FControl. Outra boa opção são intermediadores de pagamento, como o PagSeguro e o PayPal, que, embora cobrem uma comissão, garantem ao lojista o recebimento dos valores.
Ações independentes que podem ser tomadas para evitar a fraude são:
- Criar regras preventivas, como por exemplo, atentar para clientes que fazem transações em sequência com cartões diferentes ou quando há muitas compras de um mesmo item;
- Manter um histórico que contenha os hábitos de consumo dos seus clientes;
- Exigir o máximo de dados que for conveniente;
- Ligar para o cliente caso haja algo estranho em uma compra;
- Crie uma lista negra com clientes que já tentaram fraudar uma compra.