Golpe do Pix: quais são os mais comuns e como se proteger

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O Pix trouxe praticidade para diversos negócios, permitindo pagamentos instantâneos a qualquer hora. No entanto, com essa facilidade, surgiram também novos golpes, conhecidos como golpes do Pix, que podem prejudicar suas finanças. Para proteger sua empresa, é importante conhecer esses golpes e adotar medidas de segurança no dia a dia.

Golpistas se aproveitam da popularidade do Pix para criar armadilhas que parecem confiáveis. Eles agem rapidamente, utilizando técnicas cada vez mais sofisticadas para enganar quem não está preparado. Desde o golpe do falso funcionário de banco até a clonagem de contas, é preciso ficar atento.

Neste artigo, você aprenderá a identificar os golpes mais comuns envolvendo o Pix e como proteger seu negócio. Além disso, vamos explicar como agir caso você caia em um golpe e responder a dúvidas frequentes, como a responsabilidade dos bancos nesses casos.

O que é o golpe do Pix e como funciona?

O golpe do Pix é uma fraude em que criminosos se aproveitam da agilidade desse método de pagamento para enganar vítimas. Eles criam situações que parecem legítimas, como falsos comprovantes de pagamento ou pedidos de devolução de dinheiro, enganando tanto pessoas físicas quanto negócios, especialmente os que não verificam detalhadamente as transações.

Esses golpes variam em complexidade, mas todos têm um objetivo comum: obter dinheiro rapidamente sem que a vítima perceba. Seja por meio de falsos investimentos ou transferências erradas, os golpistas agem de forma convincente, explorando a confiança e a distração dos empresários e consumidores.

PMEs: alvo preferencial dos golpistas

As PMEs têm se tornado alvos frequentes dos golpistas que usam o Pix, principalmente por sua vulnerabilidade e menor conhecimento em segurança financeira. A popularidade do Pix, com milhões de chaves cadastradas e transações realizadas, chamou a atenção de criminosos, que se aproveitam da rapidez e praticidade do sistema para aplicar fraudes.

Negócios de menor porte, muitas vezes, não possuem os recursos ou o conhecimento técnico de grandes empresas para se proteger. Isso facilita golpes como o “Pix errado”, em que o golpista transfere um valor e, logo após, solicita a devolução, alegando ter cometido um erro.

Caí no golpe do Pix: o que fazer?

Se você caiu em um golpe do Pix, é fundamental agir rápido para tentar recuperar seu dinheiro e proteger suas informações. Aqui vão algumas ações que você pode seguir com o máximo de agilidade:

  1. Contacte o banco e registre o caso: Informe imediatamente seu banco sobre a transação fraudulenta e siga as orientações. Além disso, registre um boletim de ocorrência para documentar o crime.
  2. Reúna evidências e monitore suas contas: Junte todas as provas, como comprovantes e mensagens, e monitore suas contas para detectar atividades suspeitas.
  3. Proteja seus dados e previna novos golpes: Altere senhas, ative autenticação em dois fatores e informe-se sobre novos tipos de golpes para evitar futuros incidentes. Este artigo traz mais algumas dicas de segurança digital para o seu negócio.

Dicas para prevenir golpes aplicados pelo Pix

Para se proteger contragolpes aplicados pelo Pix, vale a pena investir tempo na adoção de algumas medidas simples e eficazes:

  1. Desconfie de promessas de dinheiro fácil: Ofertas de retornos rápidos geralmente são armadilhas. Sempre questione a legitimidade antes de fazer qualquer transação.
  2. Use apenas aplicativos e sites oficiais: Acesse seu banco por apps e sites seguros, evitando links enviados por e-mail ou mensagens.
  3. Confirme transações antes de liberar produtos: Verifique seu saldo e a confirmação do banco antes de entregar qualquer produto ou serviço.
  4. Ative a autenticação em duas etapas: Proteja suas contas bancárias e de mensagens ativando essa camada extra de segurança.
  5. Monitore suas contas regularmente: Acompanhe suas transações para identificar atividades suspeitas e agir rapidamente em caso de irregularidades.

Golpes desse tipo são de responsabilidade do banco?

A responsabilidade dos bancos em casos de golpes envolvendo o Pix é um tema que gera debates. Em geral, as instituições financeiras podem ser responsabilizadas quando há falhas de segurança em seus sistemas, configurando a chamada “responsabilidade objetiva”. Nesse cenário, o banco pode ser obrigado a ressarcir o cliente prejudicado, especialmente se o golpe foi facilitado por uma vulnerabilidade no sistema.

O Banco Central também implementou o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para situações de fraude. Esse recurso permite que os bancos bloqueiem valores transferidos em transações suspeitas, facilitando a devolução do dinheiro para a vítima. Contudo a eficácia desse processo depende do tempo de reação e da análise da transação pelos bancos envolvidos.

Em alguns casos, a justiça pode determinar que a responsabilidade é do cliente, principalmente quando este não adotou as devidas precauções, como verificar a legitimidade da transação ou evitar clicar em links suspeitos. Portanto é essencial que os clientes sigam boas práticas de segurança para se proteger, ao mesmo tempo que conhecem seus direitos e os mecanismos oferecidos pelos bancos.

Evite cair em golpes: top 3 golpes mais frequentes

  • Golpe do funcionário de banco

Nesse golpe, o criminoso se passa por um funcionário do banco, ligando ou enviando mensagens para a vítima, solicitando dados pessoais ou bancários sob o pretexto de “verificação de segurança”. Uma vez obtidas essas informações, os golpistas conseguem acessar as contas da vítima e realizar transações fraudulentas.

  • Golpe da clonagem do WhatsApp

Aqui, os golpistas clonam a conta do WhatsApp da vítima e entram em contato com seus amigos e familiares, pedindo dinheiro de forma urgente. Muitas vezes, as pessoas enviam o valor acreditando que estão ajudando um ente querido em uma emergência.

  • Golpe do acesso remoto

Nesse tipo de fraude, os criminosos convencem a vítima a instalar um aplicativo de controle remoto em seu celular ou computador, alegando que é para “assistência técnica”. Com o acesso ao dispositivo, eles conseguem realizar transferências bancárias e roubar dados sensíveis.


Os golpes relacionados ao Pix e a outras formas de pagamento digital estão se tornando cada vez mais sofisticados, e a proteção contra eles exige atenção constante. Manter-se informado sobre as fraudes mais comuns, como as descritas acima, é uma medida fundamental para se prevenir contra essas armadilhas.

Além disso, adotar práticas de segurança, como verificar a autenticidade de mensagens, não compartilhar dados sensíveis e ativar a autenticação em duas etapas é essencial. A conscientização e a prudência são as melhores formas de proteger seu dinheiro e suas informações pessoais.

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