Alimentos veganos geram oportunidades para o setor de bares e restaurantes

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O mercado de alimentos veganos está conquistando cada vez mais espaço. Essa dieta, baseada em plantas, exclui carnes e alimentos derivados de animais (como ovos, laticínios e mel), e está sendo incorporada na indústria alimentícia e nas grandes redes de lanchonetes nacionais e estrangeiras.

Os restaurantes já começaram a incluir mais opções veganas em seus menus. As novas tendências da culinária vegana e as diferentes formas de alimentação são algo que a indústria de restaurantes precisa abraçar, para ter um plano de ação e atender a demanda desses clientes.

Um dos fatores que explicam esse aumento é a aproximação dos alimentos vegetais em relação aos similares de origem animal. Graças às novas tecnologias, o consumidor encontra leites, queijos, hambúrgueres, frango e diversas opções com gosto, textura, cheiro e qualidades nutricionais semelhantes aos pratos convencionais.

Para empresários do setor de bares e restaurantes, investir em alimentos veganos no cardápio é um passo a mais para agradar paladares mais exigentes. Nesse processo, as ferramentas digitais são recursos valiosos que os gestores utilizam na inovação de seus negócios.

Saiba como incorporar essa tendência e veja quais as tecnologias digitais podem ajudar nesse projeto.  Aqui, você verá:

  • Crescimento do mercado de alimentos veganos (plant based)
  • Perfil dos consumidores de proteínas vegetais
  • Dicas de como incorporar alimentos veganos em bares e restaurantes
  • Tecnologias que impulsionam a inovação de bares e restaurantes

Crescimento do mercado de alimentos veganos (plant based)

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Podemos definir alimentos veganos como aqueles que levam na composição apenas ingredientes vegetais. No contexto da indústria alimentar, alimentos veganos que se assemelham aos produtos que tradicionalmente levam ingredientes de origem animal (hambúrgueres, nuggets, coxinhas, queijos etc.) são chamados de plant based

Assim, comidas à base de vegetais são aquelas que mantêm as características dos alimentos convencionais, mas sem possuir carne, leite ou ovos como matéria-prima. Alimentos com essas características já existem há bastante tempo no mercado, mas o uso da tecnologia para o aprimoramento desses produtos é recente.

No Brasil, a food tech pioneira nesse processo foi a Fazenda Futuro, que lançou, em maio de 2019, o Hambúrguer do Futuro.  Desde então, diversas empresas da indústria alimentícia brasileira, inclusive, do ramo de proteína animal, como a JBS e a Marfrig, investiram no segmento. Atualmente, há linhas de proteínas vegetais de grandes marcas, como Seara, Sadia e Frimesa. 

Em termos mundiais, as startups representam boa fatia desse mercado. A marca Beyond Meat é a líder desse setor, sendo negociada na bolsa de valores da Nasdaq desde maio de 2019. Em junho de 2021, a empresa possuía um valor de mercado de US$ 9,44 bilhões.

A opção por alimentos veganos também chegou nas redes de fast food instaladas no Brasil. Empresas como Spoleto, Subway, Girafa’s e Burguer King, por exemplo, já possuem opções plant based no cardápio.

O aquecimento do mercado está gerando bastante investimento por parte das corporações. Segundo uma pesquisa da The Good Food Institute Brasil, de março de 2022, o setor de proteínas alternativas teve um investimento de US$ 5 bilhões, em 2021. Esse número representou um recorde anual e um aumento de 60% em relação a 2020.

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Perfil dos consumidores de proteínas vegetais

A adesão cada vez maior de pessoas ao veganismo é um dos fatores que contribuem para o crescimento do mercado de alimentos veganos. Entretanto, não são esses os consumidores predominantes de comidas plant based

No Brasil e no mundo, a maior parte do volume de vendas se deve ao público conhecido como “flexitariano”. Esse perfil de consumidor é aquele que busca conscientemente reduzir a ingestão de carne no dia a dia, mas sem abrir mão totalmente dos alimentos animais. 

Para essas pessoas, é importante que a substituição não impacte no sabor e que mantenha ou melhore as qualidades nutricionais. Essa foi uma das conclusões do estudo O consumidor Brasileiro e o Mercado Plant Based, conduzido pela The Good Food Institute Brazil e publicado em 2020. 

Segundo o levantamento, 49% das pessoas pesquisadas afirmaram ter reduzido o consumo de carne nos últimos 12 meses. Esse número foi cerca de 70% maior em comparação a um estudo realizado em 2018, que constatou uma taxa de 29% em relação à mesma questão. O estudo concluiu, também, que as mulheres (54%) e os jovens (52%) são os perfis predominantes dos consumidores plant based

Em relação às características que esse público espera em relação aos alimentos veganos, a preferência é de que eles possuam sabor, aroma e textura iguais ou melhores do que as comidas de origem animal. Em seguida, as maiores preferências é de que eles sejam os mais naturais possíveis e que mantenham ou melhorem os aspectos nutricionais.

Dicas de como incorporar alimentos veganos nos bares e restaurantes

O avanço do mercado de comidas à base de plantas gera novas oportunidades a gestores de bares e restaurantes. Nesse ramo de negócios, investir em opções de alimentos vegetais significa ampliar o público-alvo, atraindo consumidores veganos e flexitarianos ao estabelecimento.

Veja, a seguir, algumas dicas de como implantar alimentos plant based no seu negócio:

Adeque o cardápio ao seu público

Alimentos veganos não significam, necessariamente, sinônimo de comida saudável e natural. Dependendo da especificidade do estabelecimento (hamburgueria e fast-food, por exemplo), incorporar produtos industrializados de food techs de proteínas vegetais é uma alternativa prática e barata de se oferecer pratos vegetais semelhantes aos convencionais.

Para estabelecimentos especializados em comidas naturais, entretanto, o mais indicado é produzir as proteínas vegetais no próprio estabelecimento. Para isso, as leguminosas, como soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico etc., costumam ser os insumos mais utilizados no preparo de alimentos saborosos e nutricionalmente satisfatórios.

Gestores de restaurantes voltados para culinárias típicas (mexicana, italiana, japonesa etc.) podem ter mais dificuldade de oferecer opções veganas para seus pratos tradicionais. Nesse caso, uma alternativa é seguir a próxima dica.

Se necessário, procure uma consultoria

Dependendo da especificidade do estabelecimento, procurar ajuda de consultores (chefs veganos, nutricionistas ou empresas especializadas) pode ser a solução.

Uma organização que oferece consultoria gratuitamente é a Sociedade Brasileira Vegetariana (SBV), por meio do programa Opção Vegana. Nessa iniciativa, a SBV ajuda os restaurantes a incrementar o cardápio com uso de ingredientes naturais e econômicos.

A ajuda especializada de consultores pode auxiliar os negócios não apenas a montar pratos, mas também a encontrar fornecedores, a tomar medidas para evitar contaminação cruzada, a adaptar a cozinha, se necessário, entre outros aspectos.

Forneça informações sobre os pratos

A motivação para o consumo de alimentos plant based pode ser diversa. Os motivos dos consumidores podem ser pela melhora da saúde, por conta de alergias alimentares, a preocupação com o bem-estar animal etc.

Dessa forma, fornecer informações, como os ingredientes dos pratos, qualidades nutricionais e alergênicos, ajuda bastante na escolha de cada consumidor conforme suas motivações.

Utilize a tecnologia a favor do negócio

Bares e restaurantes que investem na digitalização do próprio negócio ganham vantagem competitiva em relação aos demais. Na implantação de opções veganas, a tecnologia é uma eficiente aliada para atrair novos consumidores, acompanhar o desempenho de vendas do cardápio e melhorar a experiência dos clientes de modo geral.

Veja em detalhes, a seguir, como a tecnologia auxilia os gestores de bares e restaurantes que investem em opções veganas.

Tecnologias que impulsionam a inovação de bares e restaurantes

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As inovações digitais permitem que estabelecimentos físicos se transformem em espaços híbridos entre o mundo real e o virtual. Para os gestores, isso se traduz em automação e eficiência, enquanto, para os clientes, o resultado é a melhora na experiência de consumo.

IoT e big data no marketing

No mercado plant based, o marketing é um dos fatores fundamentais para a maximização das vendas. Como esses produtos são relativamente recentes, muitos consumidores ainda carregam preconceitos sobre esses alimentos ou não sabem quais estabelecimentos fornecem essa opção.

Nesse processo, as ferramentas de big data são ótimas aliadas. Com base em processamento de dados em larga escala, o gestor conhece melhor seu público-alvo, atraindo clientes e direcionando as campanhas de marketing com muito mais eficiência.

Esse uso inteligente dos dados permite aos negócios, por exemplo, a criação de perfis digitais. Por intermédio dessa solução, é possível realizar ofertas direcionadas conforme os padrões dos hábitos dos consumidores, aumentando a taxa de conversão.

Uma das ferramentas essenciais para a coleta desses dados é a internet das coisas (IoT). Por meio de dispositivos que fornecem informações de objetos físicos ao ambiente digital, o gestor tem a possibilidade de conhecer melhor o comportamento dos seus consumidores. Isso ocorre, por exemplo, por meio de sensores que medem o tempo de permanência dos clientes no estabelecimento.

A IoT ainda possibilita a interação com os clientes, trazendo o marketing no próprio espaço comercial. Uma forma de isso ocorrer é por meio da instalação de telas e totens interativos no bar ou restaurante.

Além de automatizar processos, como a escolha de pedidos e pagamentos, esse recurso ainda permite que o negócio forneça conteúdo a seus clientes. No investimento em opções veganas, isso se torna um recurso valioso.

Conectividade para a melhor experiência do usuário

Estabelecimentos que oferecem recursos digitais que automatizam o atendimento levam vantagem. Com bares e restaurantes que oferecem alimentos plant based, cujo consumidor predominante é o jovem, a experiência digital merece ainda mais atenção.

Segundo um estudo internacional da consultoria PwC, de 2018, o Brasil é um dos países em que a tecnologia utilizada para esse fim é mais bem avaliada pelos consumidores. Enquanto a média global de pessoas que mencionam o uso tecnológico no atendimento como algo positivo é de 35%, nesse país o índice atinge 54%.

Para oferecer recursos de automação, como cardápio e meios de pagamento digitais, a conectividade é algo essencial. Isso significa não apenas o acesso à internet, mas sim o investimento em uma infraestrutura de rede que garante rapidez e estabilidade a todo o sistema.

Aliada a esse processo, a adoção do wi-fi social no estabelecimento também gera muitos impactos positivos. Além de aumentar o tempo de permanência do cliente, esse recurso é mais um meio de coleta de dados dos consumidores — em conformidade, é claro, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Cloud computing na gestão do negócio

Quem é empresário sabe que a gestão é um dos principais fatores para o sucesso comercial. Se a ideia é a praticidade e eficiência de processos, como fluxo de caixa e controle de estoque, a computação em nuvem (cloud computing) é um ótimo recurso.

Garantindo a gestão remota com segurança, a cloud computing proporciona a integração de diversas atividades administrativas em um único ambiente. Isso facilita o controle financeiro do gestor e o acompanhamento de inúmeros processos de rotina do negócio

As soluções de computação em nuvem também auxiliam na integração entre os pedidos realizados no comércio físico e o delivery. Aliado a as outras ferramentas digitais apresentadas, esse recurso automatiza muitos procedimentos e reduz o trabalho humano empregado nas tarefas de administração e gestão.

Invista nas tecnologias digitais

A adoção de alimentos veganos no cardápio já é uma realidade que gestores de comércios alimentícios devem considerar. Cada vez mais parecidos com alimentos convencionais, esses produtos atendem às novas exigências dos consumidores e ainda colaboram para a sustentabilidade e o bem-estar animal.

Em franca ascensão, esse setor deve passar de US$ 29,4 bilhões, em 2020, para US$ 162 bilhões até 2030, conforme pesquisa da Bloomberg. Para empresários do ramo de bares e restaurantes participarem desse mercado, investir em tecnologias que aumentam a produtividade facilita a gestão, direciona o marketing e melhora a experiência do usuário é uma decisão certeira.

Para seu negócio crescer na era digital, conheça as soluções da Vivo Empresas. Com as melhores tecnologias atuando no processo, a adoção de opções veganas, ou qualquer outra novidade em seu cardápio, será muito mais eficaz.

A tecnologia aplicada a bares e restaurantes não para por aqui. Para saber mais, leia também:

Até a próxima!

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